quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Paul Jason Solo


Paul Jason Robb, produtor do technopop americano de segundo escalão (Red Flag, T42) e de bons nomes do freestyle (TKA, Noel), além do seu Information Society, tem um currículo interessante, mas eu mal sabia que ele tinha uma carreira solo. Vi dia desses que Robb acaba de lançar seu quarto (!) álbum, Impossible Piano, por seu próprio selo, HAKATAK International. O título é oportuno, porque a maioria das nove faixas aqui traz temas instrumentais que tem o piano tratado eletronicamente de modo a parecer realmente improvável a extração desses sons pela simples execução num Steinway & Sons da vida. Os efeitos (ecos, rufos, reverbs), reforçados pelas camas lúgubres de cordas que emolduram as composições, criam paisagens oníricas de placidez e serenidade, sensação potencializada pelo timbre abafado do piano, onipresente nos sons registrados no disco. A viagem de Robb fica no meio do caminho entre ambient e eletrônica, pendendo para um certo darkismo facilmente detectável em Impossible Piano. O surrado clichê que fala numa suposta "trilha sonora para um filme imaginário" é conveniente para tentar decodificar o trabalho. 

Se você acha o incensado Ambient 1: Music for Airports, de Brian Eno, um saco, fuja. Se quer um acompanhamento sonoro para noites de leitura, vinho e frio, é o que há.

Impossible Piano: todinho no Bandcamp.

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